BIO
Soly
Cissé nasceu em 1969 em Dakar, Senegal. Vive e trabalha
em Dakar.
Em
1995 Soly Cissé participa num workshop de fotografia
a que se seguiu uma exposição no Centre Culturel
Français de Dakar, organizada pela Kodak. No ano seguinte,
em 1996, Cissé obtém o diploma da Ecole Nationale
des Beaux-Arts de Dakar.
O
tema do trabalho de Soly Cissé é repetidamente
a dualidade entre tradição e modernidade. A título
de exemplo: ele utiliza setas para separar o Bem do Mal, formando
linhas verticais e horizontais que representam a vida e a morte.
Estas linhas e o consequente contraste de cores ilustram a fúria
do individuum contra um mundo à deriva.
Cissé mostra o individuum que perde a sua identidade
e se move por entre restrições criadas por si
mesmo. Esta impessoalidade reflecte-se também no jogo
de silhuetas, perfis e sombras, que têm a sua raiz na
tradição estética africana.
No
entanto, estas figuras perderam o seu significado original.
As imagens mostram o ser humano isolado, abandonado.
Soly
Cissé vê o perigo crescente de auto-destruição.
A dissolução das fronteiras morais, mas o seu
objectivo não é nunca o de aconselhar. Ele vê-se
a si próprio como um homem do seu tempo, que tenta despertar
as consciências das pessoas para a dor e as misérias
da sociedade. O seu objectivo é apenas o de mostrar como
vive, como sofre. A liberdade tem que ser defendida a todo o
custo.
[obras
disponíveis de Soly Cissé]