BIO
George
Lilanga nasceu em 1934 em Kikwetu, aldeia no sul da Tanzânia.
Como a maioria dos jovens Macondes, aprendeu a esculpir as raízes
de kassava antes de começar a trabalhar o pau-preto
(mpingo) sob direcção de Mzee Sumaili.
Em 1974 George Lilanga decide tentar a sua sorte em Dar-es-Salaam
onde se junta a um grupo de escultores. A sua grande oportunidade
surge quando Lilanga é contratado como guarda na "Nyumba
ya Sanaa" hoje chamado Centro Cultural Nyerere. Lilanga
teve oportunidade de mostrar as suas esculturas à administração
do Centro que imediatamente reconheceu o seu talento e lhe pediu
para mudar de funções. Mais tarde Lilanga começou
também a desenhar e a trabalhar em batique. murais, tela
e pele de cabra. Hoje,é ainda possivél observar
algumas criações de Lilanga por exemplo nos portões
metálicos da "Nyumba ya Saana" e nas decorações
em cimento ao redor do pátio.
Um
passo importante na carreira de George Lilanga ocorreu em 1978.
Uma exposição colectiva organizada em Washington
D.C. continha cerca de 100 peças suas. O Washington Post
comparou o seu trabalho à Art Brut de Jean Dubuffet.
A partir daí George Lilanga obteve exposição
internacional e participou num número impressionante
de exposições por toda a Europa, Japão
e Estados Unidos. Após obter o reconhecimento da crítica
ocidental, o artista Tanzaniano tornou-se um representante da
vivacidade das pinturas Swahili. É hoje unanimemente
considerado um dos maiores representantes da Arte Contemporânea
em África.
Nada
disto o afastou da sua terra Natal. Contribuiu apenas para a
manutenção da sua tribo e simultaneament atrair
atenção para a sua cultura. Lilanga apresenta
a cultura e mitologia do seu povo através das suas telas
com figuras vibrantes e coloridas. O movimento rítmico
representa a dança Mapico, típica do seu povo.
extraído
de: "Tribute to George Lilanga" (2001) - Yves Goscinny;
CAAC; "George Lilanga" (2005) - Enrico Sarenco
[obras
disponíveis de George Lilanga]
George
Lilanga "Soldier"