BIO
Chéri
Samba nasceu em 1956 em Kinto MVuila, República
Democrática do Congo e actualmente vive e trabalha em
Kinshasa.
Em
1972 Chéri Samba deixa a escola e torna-se aprendiz dos
pintores de cartazes na Avenida Kasa Vubu em Kinshasa. Deste
grupo de artistas (onde se incluiam Moke, Bodo, e posteriromente
o irmão mais novo de Samba, Cheik Ledy entre outros)
surgiu um dos movimentos artísticos mais populares e
interessantes do século XX em África.
Trabalhando
como pintor de cartazes e em banda desenhada, Samba emprega
as convenções de ambos os géneros quando
começa a pintar em sacos de farinha (as telas eram demasiado
caras).
Em 1975 Chéri Samba começa a utilizar o "balão"
da banda desehada o que lhe permite adicionar textos e comentários
às suas composições. Samba lembra como
começa a utilizar o texto na sua pintura: Reparei
que as pessoas que passavam na rua, passavam pelos quadros,
olhavam mas continuavam a andar. Pensei então que adicionando
um pouco de texto, obrigaria as pessoas a parar e a olhar a
pintura com mais atençaõ. Chamei-lhe a 'assinatura
Samba'. A partir de então coloquei texto em todas as
minhas obras."
No
início dos anos 80, Samba começa a assinar os
quadros como Chéri Samba: Artiste Populaire.
De facto, a popularidade do seu trabalho rapidamente ultrapassou
as fronteiras de Kinshasa; em meados dos anos 80 o seu trabalho
atraía já uma audiência internacional.
A
pintura de Chéri Samba deste período revela a
sua percepção das realidades sociais, políticas,
económicas e culturais do então Zaïre. As
suas telas comentam frequentemente a sexualidade, SIDA ou outras,doenças,
as desigualdades sociais ou a corrupção. Samba
explica, A minha pintura reflecte a vida das pessoas,
não me interessam a mitologia ou as crenças tradicionais.
Eu pretendo mudar a mentalidade que nos tem mantido isolados
do resto do mundo, apelar às consciências. Os artistas
devem fazer pensar.
A
partir da década de 80, Samba torna-se ele próprio
o objecto da sua obra. Para ele isto não é um
acto de narcisismo. A sua presença, à semelhança
de um pivot de televisão, pretende contar como
é ser um pintor africano de sucesso no palco internacional.
extraído
de: CAACART
[obras
disponíveis de Chéri SAMBA]